A vitima da
agressão, advogado Márcio Rangel (no centro da foto, de óculos e camisa
preta), ao lado de membros de comissão da OAB (Foto: Divulgação OAB-PA)
Dois sargentos da
Polícia Militar foram detidos em flagrante sob a acusação de agredir e
torturar um advogado no município de Primavera, nordeste paraense, na
noite do último sábado (24).
De acordo com a seção Pará da Ordem dos
Advogados do Brasil (OAB – PA), o advogado Márcio Rangel foi impedido de
atender clientes detidos, em razão de ato eleitoral ocorrido ontem, no
município, e conduzido até a Delegacia de Primavera, onde foi
imobilizado por um dos sargentos e atingido por mais de 30 socos em seu
rosto, cabeça e ouvidos, desferidos pelo outro sargento.
Os dois policiais militares foram
identificados como Miguel Augusto Gomes Reis e Denio Oliveira dos
Santos. O advogado teve ferimentos, com sangramento, no ouvido esquerdo,
que comprometeram a audição dele, de acordo com informações da OAB.

Imagem dos ferimentos sofridos pelo advogado. Foto: Divulgado OAB-PA
No momento em que foi levado para a
delegacia, Márcio Rangel estava acompanhado de outra advogada, Karoline
Rosa. Ela alega que foi expulsa da seccional e ouviu, do lado de fora,
as agressões sofridas pelo advogado.
Ela denunciou o que estava ocorrendo e uma
comitiva formada por cinco advogados da Comissão de Defesa de Direitos e
Prerrogativas da OAB-PA foi até o local. Márcio Rangel foi até
Castanhal onde foi submetido a exame de corpo delito.
A OAB-Pará falou do caso em sua página
oficial na internet e informou que, após serem detidos, os policiais
foram transferidos para o Presídio Anastácio das Neves na tarde deste
domingo (25). "A Corregedoria da Policia Militar já representou pela
prisão preventiva deles. Enquanto isso, os militares ficam custodiados
na unidade prisional e aguardam decisão da Justiça", diz a OAB.
Na Delegacia de Primavera, foi instaurado inquérito policial para apurar possível crime de tortura e abuso de autoridade.
POLÍCIA MILITAR
De acordo com a Polícia Militar do Pará, a Corregedoria da corporação está apurando o caso.
(DOL
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