A Polícia Civil e a Secretaria de Estado de Meio-Ambiente e
Sustentabilidade (Semas) do Pará deflagraram, nesta quinta-feira, 28,
uma operação denominada "Tempestas" para dar cumprimento a 45
mandados judiciais nos Estados do Pará, Maranhão, Mato Grosso, Paraná e
Sergipe, para desarticular organização criminosa responsável por
fraudes ambientais no ramo de comércio de madeira. Dentre as ordens
judiciais estão 14 mandados de prisão preventiva, dois de prisão
temporária, cinco conduções coercitivas e 24 mandados de busca e
apreensão em residências e escritórios de empresas.
| CUMPRIMENTO DE MANDADO DE BUSCA E APREENSÃO |
A investigação conta com respaldo do Ministério Público do Estado e do Poder Judiciário do Pará. As
pessoas presas e materiais apreendidos na operação estão sendo levados
para a Delegacia Geral, em Belém. No total, 68 policiais civis do Pará
com apoio de 20 policiais civis dos outros Estados cumprem os mandados
judiciais. A investigação conta com parceria do Batalhão de Polícia
Ambiental (BPA) vinculado à Polícia Militar do Pará; Secretaria de
Estado da Fazenda (Sefa), Receita Federal e Polícia Rodoviária Federal.
No Pará, a operação é realizada em Belém e região metropolitana;
Tailândia, Novo Progresso, Santarém, Itaituba, Tucuruí e Marabá. O
delegado Marcos Miléo Brasil, coordenador da operação, explica que o
esquema criminoso era realizado com uso de empresas de "fachada" e
"fantasmas" que eram usadas para apresentação de planos de manejo
florestal fraudulentos que visavam a aquisição de créditos florestais
emitidos pelos órgãos ambientais. O objetivo era o comércio,
principalmente a exportação, de madeira de forma ilegal.
| APREENSÕES |
Por meio desse esquema de lavagem de produtos florestais, a organização
criminosa formada por donos de empresas de fachada e empresas
"fantasmas" e criminosos da internet, os chamados "crackers", conseguia
"esquentar" madeira ilegal que era comercializada. Os "crackers"
conseguiam burlar os sistemas florestais e expediam guias florestais com
dados falsos das empresas. A investigação foi iniciada em 2014, quando a
ação criminosa foi denunciada à Semas e à Polícia Civil por
representantes de empresas do ramo madeireiro, que estavam tendo
prejuízos financeiros por causa das atividades ilícitas.Fonte
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