Em 1982, Harward era marinho de um navio americano atracado numa marina perto da casa das vítimas. Ele foi condenado com base em duas evidências: o testemunho de um homem que diz tê-lo visto entrando na marina com um uniforme coberto de sangue e a análise de dois especialistas segundo quem a arcada dentária dele era equivalente às marcas de mordidas no corpo da mulher estuprada.
Há dois anos, porém, os cientistas de Harvard se envolveram com o caso, e promoveram uma série de testes de DNA. Eles mostraram que o material genético encontrado no esperma deixado na cena do crime não bate com o DNA de Harward, mas, sim, com o de outro marinheiro do navio, chamado Jerry L. Crotty. Jerry morreu em 2006 numa prisão em Ohio, nos EUA, onde estava cumprindo pena por sequestro.
Com isso, o militar inocentado foi autorizado pela Justiça a deixar a casa de correção onde se encontrava há exatos 33 anos.
– Ainda não caiu ficha. Vou poder começar minha vida de novo. Eu tinha uma vida, mas fui preso, e tive essa vida. Agora vou começar outra. Eu não sou o criminoso. Os criminosos são aquelas pessoas que fabricaram essa mentira – disse Harward, logo após sair da prisão, durante uma entrevista na qual se emocionou ao falar da família. – A pior parte são os meus pais. Tudo isso os matou, foi devastador. E eu não pude ir no funeral deles, por causa daqueles criminosos. Alguém precisa pagar por isso.-De O Globo
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