De todas as execuções registradas em 2015, quase 90% se concentram em apenas três países: Irã, Arábia Saudita e Paquistão. O relatório ressalta que, embora quatro países tenham abolido completamente a pena de morte neste mesmo ano, o aumento do índice se concentra nestes países. As execuções sauditas, por exemplo, cresceram 76% na comparação ao ano anterior, alcançando pelo menos 158 pessoas.
Já o governo iraniano aplicou a pena capital há pelo menos 977 pessoas neste período, em sua maioria por conta de crimes relacionados a drogas. Segundo a Anistia Internacional, a execução de infratores juvenis — que cometeram crimes antes dos 18 anos — no Irã se configura como violação da legislação internacional.
Além dos crimes ligados às drogas, a maioria das execuções pelo mundo foram decorrentes de adultério, blasfêmia, corrupção, sequestro e questionamento das políticas de líderes nacionais. Após a condenação, os métodos de execução variaram entre decapitação, enforcamento, injeção letal e fuzilamento.
Nos próximos anos, outras milhares de mortes ainda deverão ser levadas a cabo por diferentes governos, fato que preocupa organizações internacionais em favor dos direitos humanos. Em 2015, pelo menos 1.998 pessoas foram levadas ao corredor da morte para esperar o dia da sua execução — situação em que, no fim de 2015, se encontravam 20.292 pessoas pelo mundo.
No entanto, não se sabe quanto o número global de pessoas executadas ainda pode ser maior, já que a China não divulga as suas execuções. Organizações internacionais acreditam que milhares de pessoas sejam executadas ao ano no país, que é considerado o maior aplicador da pena de morte do mundo.
Fonte Oglobo
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