Durante a
coletiva, o delegado-geral da Polícia Civil anunciou o funcionamento de
uma nova Delegacia específica para investigar mortes de agentes
públicos, como policiais militares, policiais civis, bombeiros
militares, guardas municipais e agentes de trânsito. É a Delegacia de
Homicídios de Agentes Públicos (DHP), vinculada à Divisão de Homicídios
(DH). Criada no início de fevereiro deste ano, pelo delegado-geral
Rilmar Firmino, a nova Delegacia vai agilizar o trabalho investigativo
desses crimes. Em relação aos 11 homicídios dolosos de policiais
militares registrados em 2018, dez desses casos já são considerados
esclarecidos. Metade dos crimes está com autores presos ou
identificados, ou mortos em confronto com policiais durante as
diligências.
Em todos
esses casos, os policiais militares foram mortos pelo fato de serem
policiais. Desses 11 casos, o único ainda sem autoria definida é o da
morte do cabo PM Deyvison César Braga de Oliveira, crime ocorrido na
noite de domingo passado, por dois homens em um carro. A vítima foi
morta a tiros ao parar o carro em um sinal de trânsito, na Rodovia Mário
Covas com Avenida Independência, nos limites entre Belém e Ananindeua.
Durante a revista no veículo, explicou o comandante-geral da PM, foram
encontradas drogas (maconha e cocaína) no carro da vítima, fato que
ainda está sendo alvo de investigações para apurar se a morte do
policial tem alguma relação com as drogas.
O
delegado-geral frisou a resposta dada à sociedade quanto às mortes de
policiais militares. "Quando um agente de Segurança Pública é atingido
pelo crime, toda uma sociedade é atingida", destaca. Segundo o
comandante-geral da PM, há um trabalho incansável de acompanhamento pela
Polícia Militar em todos os crimes contra PMs sob investigação. "Essa é
a resposta à sociedade para desencorajar quem pretende cometer novos
crimes contra policiais. Tenham certeza de que todo o empenho será dado
para prender os autores", enfatiza Benigno. SARGENTO
MARINALDO Em relação à morte do sargento Marinaldo Souza, explica o
delegado Daniel Castro, o mandante do crime foi identificado como o
presidiário Luis Carlos, de apelido Lucas. Informações apuradas, durante
o inquérito do crime, mostram que Luis Carlos, na época em que foi
preso, estava de posse de uma arma de fogo a qual havia sido emprestada
por outros criminosos. Dessa forma, a arma acabou sendo apreendida pelos
policiais.
Já na
prisão, Lucas passou a ser cobrado pelos outros criminosos para "pagar" a
arma. "A forma que ele (o presidiário) encontrou para pagar a arma
seria matar um policial militar. E ele acabou escolhendo o sargento
Marinaldo que era seu vizinho, no bairro do Guamá", explica. Dessa
forma, o presidiário orientou Sabrina, sua companheira e moradora do
Guamá, a planejar a morte do policial militar, como forma de "pagamento"
da arma. Sabrina manteve contato com Jenildo que foi o responsável em
fornecer a arma para a mulher.
Em
seguida, ela repassou a arma para "Cacique" que ficou com a tarefa de
matar o sargento. No dia do crime, explica o delegado, Sabrina ficou
monitorando o policial militar até o momento em que ele chegava em casa,
na noite de sábado passado. Foi quando "Cacique" foi até o encontro do
policial militar e o matou a tiros. Em seguida, levou a arma do militar.
Após o crime, a arma do crime foi devolvida à Sabrina que a repassou de
volta a Jenildo.
AGENTE DE
TRÂNSITO Durante a coletiva, o delegado-geral sobre a prisão do autor
da morte do agente de trânsito municipal de Belém, Hilário Colino
Bermejo Neto, 53 anos, morto a tiros em 6 de fevereiro deste ano,
enquanto trabalhava no cruzamento das Avenidas Tavares Bastos e Pedro
Alvares Cabral na Marambaia, em Belém. Vitor Henrique de Oliveira Ramos,
20 anos, de apelido Vitinho, foi preso na manhã de hoje, na Ilha de
Mosqueiro, por policiais militares do 25º Batalhão, e apresentado
inicialmente na Seccional de Mosqueiro, de onde foi transferido para a
Divisão de Homicídios, em Belém, onde está o inquérito sobre o caso,
para ser ouvido em interrogatório e depois ficar preso à disposição da
Justiça.
Vitor
Henrique está com mandado de prisão temporária decretado pela Justiça.
Conforme o delegado-geral, o agente de trânsito foi morto após ter
anotado a placa de uma moto que trafegava na Tavares Bastos com a placa
parcialmente encoberta por um pedaço de papel. Ao perceberem o agente de
trânsito, os criminosos retornaram da Pedro Alvares Cabral dobrando na
Tavares Bastos, de onde passaram por dentro de um posto de combustível
situado na esquina. Depois, tomaram novamente a Tavares Bastos e
seguiram por trás do agente de trânsito para atirar na vítima pelas
costas.
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