Ainda segundo a investigação, o suspeito é um dos líderes da
congregação e atuante em Belo Horizonte e na região metropolitana há 25
anos. A polícia informou que o pastor ficou conhecido pelo apelido de
"Maníaco da Orelha", por sempre iniciar os assédios lambendo as orelhas
das vítimas.
"As vítimas relatam que o autor se aproveitava do cargo religioso, que
ele exercia na igreja, pra poder abusar sexualmente das vítimas. Os
crimes aconteceram, na maioria das vezes, nas dependências da igreja e
nas caronas que ele oferecia às fiéis. Ele falava tanto que ele ficaria
impune, que ele era muito influente e as vítimas ficavam com medo de
enfrentá-lo, tendo em vista a influência dele, e também começava a
desacreditar essas vítimas durante o culto e perante os outros fiéis da
igreja", explicou a delegada Larissa Mascotte, da Delegacia
Especializada de Combate a Violência Sexual.
O advogado do pastor, Ademir Lataliza, esteve na delegacia e negou as denúncias contra Wilson Jorge.
Por meio de nota, o Conselho Nacional de Diretores da Igreja do
Evangelho Quadrangular informou que assim que tomou conhecimento da
acusação afastou o pastor imediatamente de todas as funções
administrativas e eclesiásticas, e o substituiu.
Ainda segundo a igreja, foi instaurado um processo disciplinar interno
no conselho de ética da instituição. "Como Instituição religiosa
respeitável reiteramos que não compactuamos e jamais aprovaremos tais
desvios de comportamento de membros do Ministério", diz a nota.

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