As investigações sobre as queimadas nas regiões de Novo Progresso e São Félix do Xingu prosseguem. O trabalho conta, ao todo, com 25 policiais civis que integram duas forças-tarefas instaladas pela Diretoria de Polícia do Interior da Polícia Civil. Em Novo Progresso, até o momento, as investigações não apontaram indícios de que ocorreu o chamado "Dia do Fogo", em que uma suposta organização formada por produtores rurais teria se articulado para provocar incêndios na região.
As investigações constataram ocorrências de focos de incêndios, no entanto, sem confirmação de que a prática está ligada a um consórcio de produtores rurais. As apurações continuam para identificar e punir os responsáveis por queimadas na região. Em relação às queimadas em São Felix do Xingu, três pessoas já estão com mandados de prisão decretados pela Justiça como responsáveis pela derrubada e queima de 5 mil hectares de mata na Área de Proteção Ambiental Trunfo do Xingu, região conhecida como Fazenda Ouro Verde.
Uma das pessoas é José Brasil de Oliveira, que foi preso no último dia 29 de agosto, em Goiânia (GO). A prisão foi realizada durante a operação Labaredas da Polícia Civil. Os outros dois suspeitos - Geraldo Daniel de Oliveira, irmão de José Brasil, e João Batista Rodrigues Jaime - permanecem foragidos. Os suspeitos respondem pelos crimes de danos em área de proteção ambiental, poluição ambiental, queimadas e associação criminosa. As diligências continuam com objetivo de localizar e prender os foragidos.
ADECIO PIRAN Em relação às denúncias de ameaças recebidas pelo jornalista Adecio Piran, do jornal Folha do Progresso, responsável pela reportagem sobre o "Dia do Fogo", a Polícia Civil de Novo Progresso, de imediato, após o registro da ocorrência, deu início às investigações dos fatos denunciados por Piran e já identificou o responsável pelas ameaças como Donizete Severino Duarte. As investigações apontaram que as ameaças foram feitas por meio de um grupo de Whatsapp denominado "Direita Unida Renovada", administrado por Duarte.
Donizete foi intimado a comparecer à Delegacia onde prestou depoimento e foi responsabilizado pelas ameaças. O procedimento seguiu para a Justiça. Em relação ao panfleto que circulou na região, em que Piran é alvo de calúnias e difamações, as investigações continuam visando a identificação dos autores da mensagem e dos responsáveis pela distribuição do informativo na região.

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