O
Pará é o terceiro Estado brasileiro com o maior número de magistrados
em situação de risco no país. O dado consta no Diagnóstico da Segurança
Institucional do Poder Judiciário divulgado pelo Conselho Nacional de
Justiça (CNJ) na última segunda-feira (27). O Estado tem 11 magistrados
em situação de risco. O levantamento foi feito entre os meses de março e
maio.
O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro com 23 casos é a corte com o
maior número de juízes sob ameaça. Já o Tribunal de Justiça de Alagoas
tem 13 casos. O relatório faz o recorte das ocorrências por Estado e por
âmbito judicial. A justiça estadual é a esfera do poder judiciário onde
há o maior número de ameaças a magistrados.
No caso do Pará, os 11 ameaçados são da justiça estadual. O Tribunal
Regional do Trabalho da 8ª Região (TRT8), com sede em Belém, tem um
magistrado em situação de risco. No país todo são 131 juízes sob risco,
sendo 116 da justiça estadual, 8 do trabalho e 7 federais. Ao todo país
conta com 17.558 magistrados e os 131 sob risco correspondem a 0,75%
deles.
Nenhum tribunal das justiças Militar, Eleitoral e Superior indicou
possuir magistrados sob ameaça. No entanto, 85% dos TJs estaduais
disseram ter pelo menos um magistrado em situação de risco. Um a cada
134 juízes estão em situação de risco, segundo o diagnóstico.
O relatório também mapeou a atuação dos órgãos em caso de ameaça a
magistrados. Foi constatado que sempre ou na maioria das vezes são
disponibilizados itens como coletes balísticos (32%), serviços de
escolta (30%), no entanto, só 14% dos tribunais oferecem veículos
blindados a quem está sob ameaça. O CNJ diz que nos casos de urgência de
ameaça a magistrados poucos órgãos afirmaram contar com plantões,
agentes do quadro próprio ou desenvolver ação articulada com as forças
policiais.
Em 69% dos casos de ameaça registrados, a autoria é conhecida. Os
casos de ameaça foram registrados na polícia em 65% das situações
relatadas durante a elaboração do relatório.
Agora a pesquisa chega à segunda fase e é direcionada apenas aos
tribunais que relataram casos de ameaças a magistrados. As comissões de
segurança dos tribunais terão que informar a respeito do procedimento
adotado em caso de ameaça, se há registro na polícia e o que é feito
para oferecer proteção aos juízes.
O ORM News entrou em contato com o Tribunal de Justiça do Pará
(TJPA), Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) e Tribunal
Regional do Trabalho da 8ª Região (TRT8) para posicionamento oficial
sobre o caso. Redação ORM News

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