Os laudos foram realizados por um médico perito legista da Delegacia de Polícia Civil de Vilhena e por um médico psiquiatra.
Segundo a recomendação do perito, a acusada necessita de
acompanhamento psiquiátrico e psicológico, pois ela apresenta risco a
terceiros. O documento dispõe ainda que a acusada requer vigilância
durante tratamento indicado pelo psiquiatra.
A juíza Liliane Pegoraro Bilharva, da 1ª Vara Criminal de Vilhena,
analisou os laudos e decidiu que a acusada é “semi-imputável”. Na
decisão, a juíza destaca que apesar de a acusada sofrer de “perturbação
da saúde mental”, ela apresentou plena capacidade de entender o caráter
criminoso do fato. “Entretanto, a capacidade de determinação era
reduzida ao tempo da ação, de modo que é imperioso o reconhecimento de
sua semi-imputabilidade, com o prosseguimento do feito e em caso de
eventual condenação, submetê-la a tratamento adequado”, destaca a juíza.
Os laudos e a decisão da juíza foram remetidos ao juiz corregedor dos
presídios, no dia 25. Rocha está detida no presídio feminino de
Vilhena.
O UOL tentou localizar o defensor público George Barreto Filho,
responsável pela defesa da acusada, nesta terça-feira (31), mas não
obteve retorno.
O crime
Vânia Basílio Rocha, então com 18 anos, foi presa em flagrante, ainda
sem roupa, após a família do ex-namorado Marcos Catanio Porto escutar
pedidos de socorro dele enquanto era golpeado na própria cama.
Segundo a polícia, Rocha ainda estava cima do corpo quando o irmão e
um amigo de Porto conseguiram arrombar a porta do quarto para
socorrê-lo. Ela contou que ao ser flagrada pela família da vítima tentou
se esconder dentro do banheiro porque estava despida.
Em entrevista à imprensa, logo após ser presa, Rocha afirmou que há
três meses planejava matar três pessoas — um amigo, o ex-namorado e um
rapaz com quem se relacionou. Porém, na noite anterior ao crime, apenas
Marcos Catanio atendeu as ligações e ela marcou o encontro com ele, que
acabara na morte do rapaz. Ele foi atingido por 11 golpes de faca no
corpo, sendo um no pescoço.
“Estava com vontade de matar alguém. Ele segurou a minha mão até
morrer e eu corri para o banheiro quando o irmão dele chegou e pedi para
chamar a polícia”, contou Rocha, dizendo que não se arrepende do
assassinato. Ela disse ainda que não pretende matar os outros dois
rapazes que ela pensava também em matar.fonte MZ
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