O presidente da Associação dos Delegados
da Polícia Civil do Amapá (Adepol) confirmou no início da noite de
ontem, 22, que 65 delegados assinaram manifesto exigindo o
fortalecimento institucional da categoria. Reunidos ontem, na sede da
Adepol, 20 deles decidiram entregar os cargos comissionados que possuem,
o que vai ocorrer hoje, a partir das 10h, enquanto outros 45 firmaram
documento se comprometendo a não aceitar qualquer eventual nomeação para
substituírem os que pedirem exoneração.
“Esse número ainda pode ser maior, acredito que teremos mais adesões
até o momento da protocolização dos documentos”, prevê o presidente da
Adepol, Sávio Pinto, explicando que os delegados vão se concentrar a
partir das 9h na sede da associação e, às 10h se deslocarão ao Palácio
do Setentrião, à secretaria de Segurança Pública e à Delegacia Geral de
Polícia para darem entrada nos documentos.
Segundo Sávio, a medida tomada pelos delegados não vão gerar nenhum
prejuízo à população: “Não se trata de greve. Os delegados vão continuar
trabalhando normalmente em seus postos, nas delegacias. Trata-se apenas
do ato de protocolar documentos renunciando aos cargos comissionados
que possuem. Para tanto, a entrega desses documentos se dará
coletivamente, com a categoria unida, e todos vestidos de luto, porque é
vergonhosa a situação em que os policiais de todo o Estado se
encontram”, esclarece.
De acordo com o presidente da Adepol, a situação é grave: “Além da
necessidade de reforço à prerrogativas dos policiais, falta combustível,
os telefones das delegacias estão cortados, policiais têm que se
cotizar para comprar até papel A4, enfim, as delegacias estão
abandonadas na Capital e no interior”, desabafa.
Ainda segundo o presidente da Adepol, a situação se reveste ainda de
maior gravidade por conta da retomada de viaturas que estavam a serviço
da Polícia Civil por falta de pagamento de aluguéis.
Fonte: Diário do Amapá

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