quarta-feira, 8 de março de 2017

Mais de 500 mulheres são agredidas por hora no Brasil, aponta pesquisa

A cada hora, 503 mulheres sofreram algum tipo de agressão física em 2016, segundo pesquisa do instituto Datafolha encomendada pelo Fórum de Segurança Pública. O estudo, divulgado hoje (8), foi feito com entrevistas presenciais em 130 municípios brasileiros. No total, foram 4,4 milhões de mulheres, 9% da população acima de 16 anos, que relataram ter sido vítimas de socos, chutes, empurrões ou outra forma de violência.
As agressões verbais e morais, como xingamentos e humilhações, atingiram 22% da população feminina. Ao longo do ano passado, 29% das mulheres passaram por algum tipo de violência, física ou moral. Entre as pretas (expressão usada pelo IBGE), o índice sobe para 32,5% e chega a 45% entre as jovens (de 16 a 24 anos).
Foram vítimas de ameaças com armas de fogo ou com facas 4% - 1,9 milhão de mulheres. Espancamentos e estrangulamentos vitimaram 3%, o que representa 1,4 milhão de mulheres, enquanto 257 mil, 1% do total, chegaram a ser baleadas.
A cada três brasileiros, incluídos homens e mulheres, dois presenciaram algum tipo de agressão a mulheres em 2016, desde violência física direta, a assédio, ameaças e humilhações. O percentual é de 73% entre as pessoas pretas e 60% entre as brancas.
Companheiros e conhecidos
A maior parte dos agressores, segundo os relatos das mulheres, era conhecida (61%). Os cônjugues, namorados e companheiros aparecem como responsáveis em 19% dos casos. Os ex-companheiros representam 16% dos agressores. A própria casa das vítimas recebeu o maior percentual de citações como local da violência (43%). Entre as mulheres entre 35 e 44 anos, 38% das agressões partiram dos namorados ou cônjugues.
Sobre as reações após a violência, 52% disseram não ter feito nada após a agressão, 13% procuraram ajuda da família, 12% buscaram apoio de amigos e 11% foram a uma delegacia da mulher. Entre as mais jovens (16 a 24 anos), o índice das que não fizeram nada após a agressão é de 59%.
O assédio atingiu 40% das mulheres no último ano. Entre as mais jovens (16 a 24 anos), o percentual chega a 70%, sendo que 68% ouviram comentários desrespeitosos quando estavam na rua. O índice é de 52% entre a população feminina entre 25 e 34 anos. Nesse grupo, 47% foram assediados na rua, 19% no ambiente de trabalho e 15% no transporte público.

Polícia Civil autua acusado de violência doméstica contra mulher em Rurópolis

A Polícia Civil autuou em flagrante, por crime de violência doméstica e familiar contra a companheira grávida de três meses e a filha de quatro anos, o baiano Francisco de Assis Leite, 29 anos, natural de Sobradinho (BA). O crime se registrou no domingo, dia 5, quando embriagado, o acusado chegou em sua casa, no bairro Centro, em Rurópolis, sudoeste paraense, agrediu a companheira e fez ameaças contra a mulher e filha.
O caso foi apresentado ao delegado Ariosnaldo Vital Filho, titular da Delegacia do município. Segundo o policial civil, o crime foi cometido no final da tarde. "Francisco agrediu a mulher com um tapa no rosto e pancadas nas costas e depois passou a ameaçá-la de morte junto com a filha menor e tudo isso mesmo sabendo que a companheira estava grávida de três meses", comentou.
As vítimas foram encaminhadas para exames de corpo de delito. Da mesma forma, a Polícia Civil solicitou à Justiça medidas protetivas de urgência em favor das vítimas. O autor do crime está recolhido à disposição da Justiça.FontePc