sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Após ameaça de atentado, TJ e MP do Amazonas reforçam esquema de segurança

Após tomar conhecimento na última quarta-feira (11) que membros da facção criminosa Família do Norte (FDN) planejavam praticar atentados a bomba contra autoridades de Manaus nas sedes do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) e do Ministério Público do Estado (MPE), os órgãos públicos decidiram reforçar o esquema de segurança e reiteraram o compromisso de conter a crise no sistema prisional e restabelecer a ordem nos presídios e a segurança da sociedade.
Em nota, o TJAM informou que desde terça-feira (10) o acesso às dependências dos Fóruns de Justiça da capital e também à sede da Corte Estadual, no bairro Aleixo, na Zona Centro-Sul, passou a ser condicionado, obrigatoriamente, à verificação de segurança em aparelho detector de metal.
A determinação partiu da presidência do TJAM que publicou a portaria nº 007/2017 suspendendo de imediato as portarias n.º 1.382/2016-PTJ, de 13.07.2016, e n.º 1.458/2016-PTJ, de 22.07.2016. Conforme a portaria 007, a medida foi adotada em decorrência dos recorrentes episódios de violência ocorridos no Estado e é justificada pelo dever da administração judiciária de zelar pela integridade física de todos aqueles que transitam nas suas instalações físicas.

A portaria determina que a medida seja estendida a todos os magistrados, membros do Ministério Público, da Defensoria Pública, advogados, servidores, estagiários, terceirizados e o público em geral.
De acordo com a Procuradoria-Geral de Justiça do MPE, as medidas de segurança já foram tomadas no sentido de garantir a integridade de membros e servidores e dar continuidade aos trabalhos de investigação executados pelo Grupo de Enfrentamento da Crise no Sistema Prisional do Estado, criado logo após as rebeliões nos presídios no dia 1° de janeiro deste ano.
Ainda segundo a procuradoria, com esse esforço conjunto, tem-se plena confiança em manter a ordem pública, permanecendo firme nos propósitos de valorizar a vida, proteger os valores comunitários e a integridade da paz e da ordem social no Amazonas.
Entenda o caso
Membros da facção criminosa Família do Norte planejavam praticar atentados a bomba contra autoridades de Manaus, como o secretário de Segurança  Pública Sérgio Fontes e o promotor de Justiça Lauro Tavares, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Amazonas.
A revelação foi feita em reportagem da Globo News, com base em relatório da Secretaria Executiva Adjunta de Inteligência, vinculada à Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP-AM). Conforme o relatório, o plano foi revelado em reunião no dia 5 de janeiro na ala do regime semiaberto do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), onde 56 presos foram mortos no último dia 1º.
Segundo o relatório, a reunião foi acompanhada por um dos líderes da facção na cadeia, identificado como 'Marquinho', via WhatsApp.  Na ocasião, os presos relataram que a matança dos detentos foi a primeira parte do plano do grupo e que a segunda parte, "que seria fazer atentados contra autoridades, já estava sendo providenciada". O relatório informou que os atentados seriam feitos por meio de explosivos dentro de malas "a serem deixadas no Tribunal de Justiça do Amazonas e no Ministério Público do Estado do Amazonas".
No relatório, segundo a Globo News, a organização criminosa já teria contratado colombianos especialistas em fazer atentados a bombas, além de quatro pistoleiros para matar as autoridades citadas anteriormente. Detentos identificados como Neguinho e Índio, do regime semiaberto, seriam dois dos pistoleiros chamados para o plano criminoso. O relatório recomenda, ainda, o reforço na segurança dos prédios públicos citados pelos criminosos.

Em dia de revista em prisões de Manaus, PM encontra 66 celulares

A Polícia Militar (PM) do Amazonas e a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) deram continuidade hoje (12) às revistas nas celas das unidades prisionais do estado. Hoje, passaram pela revista as celas do Centro de Detenção Provisória de Manaus (CDPM). É a quinta unidade visitada desde o início das revistas, no dia 5 de janeiro.
Foram encontrados 66 celulares, três algemas, 32 carregadores de aparelho celular, dez porções de entorpecentes, 23 joias, 381 estoques e 45 ferramentas. Os agentes também acharam R$ 725,95 em dinheiro. De acordo com a Seap, a revista foi “minuciosa”, feita por 150 policiais militares, além de servidores da secretaria e militares do Exército.
Do lado de fora, espera
O CDPM fica próximo ao Complexo Prisional Anísio Jobim (Compaj) e ao Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat), e o acesso a partir da rodovia é o mesmo. Durante a tarde, às margens da pista, centenas de parentes de presos aguardavam pela autorização para entrar. Hoje seria dia de visita e entrega do “rancho”, as comidas que os parentes levam para os presos, mas desde a rebelião e mortes de detentos, nos dois primeiros dias do ano, que as visitas estão suspensas.
 Ainda assim, muita gente foi, acreditando que poderia entrar. Sentados à beira da pista, os parentes de detentos se abrigavam da chuva e do forte sol que se intercalavam no início da tarde. Os agentes da Força Nacional e da PM, posicionados na pista de acesso ao complexo penitenciário, não tinham qualquer informação para passar às famílias, e apenas lhes negavam a entrada.
Seu João é pai de uma moça presa na ala feminina. Ele tentava obter informações sobre a entrada de comida e também sobre as visitas, mas não tinha sucesso. "Tinham me falado que poderíamos entrar, mas o policial disse que não vai entrar ninguém. Todo mundo trouxe rancho para as pessoas. Vou aguardar um pouco mais. Depois que começou a rebelião não entrou mais ninguém”.
Dona Ivone é uma das mães que tentaram obter notícias na tarde quente, em frente ao acesso às penitenciárias. Seu filho, preso por roubo, está no Ipat, e ela torce para que ele seja solto em breve, agora que contratou um advogado. O rapaz estava preso no local, no dia da rebelião que matou 56 pessoas. “No dia da fuga a esposa dele estava aqui. Chegou em casa apavorada, dizendo o que tinha acontecido. Eu pedi para o meu filho não se envolver em fuga, em nada e ele não se envolveu”.
Ela é uma das mães preocupadas com supostas agressões que ocorrem durante revistas nas celas. Ela não revela a fonte da informação, mas outros pais disseram conseguir imagens de celular e até conversar com os próprios presos, que relatam as agressões. “Eu queria que os direitos humanos fossem lá no Ipat para acompanhar as revistas, porque eles estão batendo neles. Fiquei sabendo por outras pessoas. Eu, como mãe, vim ver”.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Membros de facção planejaram atentados a bomba em Manaus, aponta relatório

Membros da facção criminosa Família do Norte planejavam praticar atentados a bomba contra autoridades de Manaus, como o secretário de Segurança  Pública Sérgio Fontes e o promotor de Justiça Lauro Tavares, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Amazonas.
A revelação foi feita em reportagem da Globo News, com base em relatório da Secretaria Executiva Adjunta de Inteligência, vinculada à Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP-AM). Conforme o relatório, o plano foi revelado em reunião no dia 5 de janeiro na ala do regime semiaberto do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), onde 56 presos foram mortos no último dia 1º.
Segundo o relatório, a reunião foi acompanhada por um dos líderes da facção na cadeia, identificado como 'Marquinho', via Whatsapp.  Na ocasião, os presos relataram que a matança dos detentos foi a primeira parte do plano do grupo e que a segunda parte, "que seria fazer atentados contra autoridades, já estava sendo providenciada". Conforme o relatório,os atentados seriam feitos por meio de explosivos  dentro de malas "a serem deixadas no Tribunal de Justiça do Amazonas e no Ministério Público do Estado do Amazonas".
O documento da secretaria aponta ainda que desde outubro do ano passado as autoridades policiais tinham conhecimento dos planos de atacar Sérgio Fontes e Lauro Tavares.  No mesmo mês, A CRÍTICA revelou que a facção criminosa planejava espalhar o terror na cidade caso os líderes não fossem transferidos de presídios federais para Manaus. O relatório da inteligência divulgado hoje pela Globo News coloca este como o principal motivo da matança generalizada no sistema prisional do Estado. 
O relatório, segundo a Globo News, diz  que os criminosos já teriam feito testes em malas com bombas, mas não obtiveram sucesso. Por isso, eles teriam procurado colombianos especialistas no assunto para executar os atentados. Os colombianos, inclusive, já estariam em Manaus, conforme levantamento da inteligência.
Além de recrutar os estrangeiros, a organização criminosa também encarregou quatro pistoleiros de executar as autoridades.  Detentos identificados como Neguinho e Índio, do regime semiaberto, seriam dois dos pistoleiros  chamados para o plano criminoso.
O relatório recomenda, ainda, o reforço na segurança dos prédios públicos citados pelos criminosos.Fonte acritica.com

quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Suspeitos de comandar massacre no Compaj são transferidos para presídios federais

Manaus – Dezessete presos, do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) e do Instituto Penal Antonio Trindade (Ipat), serão transferidos, na manhã desta quarta-feira (11), para presídios federais. Segundo o titular da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), Pedro Florêncio, entre os transferidos estão os responsáveis pela rebelião do último dia 1° de janeiro, que resultou na morte de 56 internos. “A Força-tarefa da Polícia Civil, que está investigando os homicídios no Compaj, chegou aos nomes dos suspeitos de terem comandado e participado dos homicídios. Tanto no Compaj quanto dos 4 mortos na unidade do Puraquequara”, disse.
Neste momento, os detentos estão no 1° Batalhão de Choque, na entrada da BR-174, onde passam por exame de corpo de delito. Em seguida, eles serão encaminhados para o terminal de passageiros 2 do Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, o Eduardinho.
Conforme o comandante da Polícia Militar, coronel Augusto Sérgio, ao menos 80 homens da polícia estão envolvidos na escolta dos 17 presos.
Entre os detentos está Márcio Ramalho Diogo, 34, o Garrote, identificado pela Polícia Federal como um dos ‘xerifes’ do regime fechado do Compaj. Ainda de acordo com a PF, era Márcio quem cumpria as regras de disciplina imposta pelas lideranças da facção Família do Norte na unidade prisional, sendo inclusive o responsável por aplicar penas aos detentos, que variavam de lesões graves ao homicídio.
Em uma foto que circulou após a rebelião, o detento aparece ao centro de uma fotografia, de boné vermelho e ao lado de outros detentos armados com pistolas, facas e facões.Além de Garrote, serão transferidos Janes do Nascimento Cruz, Cláudio Dayan Felizardo Belfort, André Said de Araújo, Florêncio Nascimento Barros, José Bruno de Souza Pereira, Gileno Oliveira do Carmo, Demétrio Antonio Matias, Wilson Guimarães Fernandes, Fábio Palmas de Souza, Lenon Oliveira do Carmo, Heliuton Cabral do Carmo, Eduardo Queiroz Araújo, Reginaldo Muller Neto e João Ricardo Santos da Costa. 

quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Lista mostra identificação de 49 presos mortos na rebelião do Compaj

Uma lista da Umanizzare, empresa contratada pelo Governo para administrar o Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), mostra 49 nomes de presos mortos no último domingo (1), durante a rebelião. Até o momento, o Instituto Médico Legal (IML) liberou 14 corpos dos 60 mortos. Com os nomes divulgados pelo Governo dos quatro detentos mortos na Unidade Prisional do Puraquequara (UPP), há um total de 53 mortos identificados.

O trabalho de necropsia foi realizado entre segunda e terça-feira. A partir de agora, cerca de 180 peritos estão trabalhando na identificação de cada corpo.

Confira os nomes divulgados pelo Governo

Compaj


Arthur Gomes Peres Júnior

Dheick dá Silva Castro

Errailson Ramos de Miranda

Francisco Pereira Pessoa Filho

Magaiwer Vieira Rodrigues

Rafael Brasão Gonçalves

Raijean dá Encarnação Medeiros

Felipe de Oliveira Carneiro

Rômulo Harley Da Silva

Edney Gomes Ferreira

UPP

Andrei Chaves de Moura Castro

Kevin Klive Silva Ramos

Paulo Henrique Santos Lagos

Carlos Augusto Nascimento Galucio