Polícia Civil prende no Pará o último envolvido na morte do sargento Afonso Camacho

Após quarenta dias de investigação, a Delegacia Especializada em Roubos e Furtos (DERF) encerra ocaso do policial militar Afonso Camacho, morto em julho, na saída de uma agência bancária no Educandos, na Zona Sul, com a prisão de Rogério Santos Nogueira, 21. Ele confessou ter dado o primeiro tiro no policial.

O homem foi preso na manhã desta sexta-feira (28), no município de Óbidos (PA), onde estava escondido na casa de parentes. Durante as investigações a Polícia Civil descobriu onde o suspeito estava escondido e desde quinta, uma equipe de investigadores viajou para o município para prendê-lo. Rogério não reagiu.

No início deste mês, seis pessoas foram presas por terem participado do crime. Foram eles Fabricia Alves da Costa, 26, apontada por ter repassado informações ao bando, Marcelo Augusto de Freitas Cabral Santos, 18, Sérgio Silva de Sales, 34, Alex Sandro Santos Castro, 26, Carlos Thiago Teixeira da Silva, 26, e Luiz Paulo do Nascimento, 27. Kelvin Gamenha Peixoto, acusado de ter sido um dos atiradores, foi morto no dia 7, em um confronto com a polícia na comunidade Jacurutu, em Iranduba.

"Conseguimos encerrar o caso e agora o Rogério será indiciado pelo latrocínio", afirmou o delegado Adriano Felix, titular da DERF.

Acrítica

Pará é o 18° em mortes por acidentes com motos

Veículo ágil e de baixo custo, a motocicleta também é considerada um dos meios de transporte mais letais no Brasil. Segundo aponta o ranking do Ministério da Saúde (MS), o Pará está no 18º lugar em número de mortes por acidentes com motocicleta, com registro de 3.458 internações em 2014, através do Sistema Único de Saúde (SUS). 

Dados do Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE) mostram que, somente nos últimos seis meses, das 3.215 internações por acidentes de trânsito, 1.329 foram por acidentes com moto. Consumo de bebida alcoólica e ultrapassagem inadequada são as causas mais comuns.

Somente nos últimos seis meses, as internações por acidente com moto no Hospital Metropolitano, referência no atendimento a vítimas de acidentes de trânsito, representam nada menos do que 41,3% do total de internações por acidentes envolvendo outros transportes terrestres. 

O mais alarmante é que este número está se aproximando da porcentagem proporcional de acidentes, em relação ao ano de 2014, onde, do total de 7.759 acidentes de trânsito, 3.448 envolviam motocicletas, o que representa 44% das internações.

CASOS GRAVES

De acordo com o médico José Guataçara, coordenador da Urgência e Emergência do HMUE, acidentes de trânsito ocasionados por motocicleta costumam ser graves, pois geralmente o acidentado sofre politraumatismo (várias lesões). 

O tempo de recuperação também é longo, dependendo da gravidade. “Quando avaliamos o paciente, primeiro verificamos se há lesão neurológica acompanhada de sangramento, porque as lesões mais graves são aquelas que atingem o crânio. Neste caso, a vítima é operada imediatamente”, explicou.

Segundo ainda Guataçara, “o pós-operatório é feito em UTI e o paciente pode apresentar sequelas, principalmente na coluna”, detalhou o médico. A internação de uma vítima de acidente com moto na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital gera para o poder público custos de R$ 60 mil por dia.

Segundo Guataçara, o perfil dos acidentados que dão entrada no HMUE geralmente mostra que o condutor consumiu bebida alcoólica antes de pilotar ou fez uma ultrapassagem indevida.

(Diário do Pará)